Escritor João Ubaldo Ribeiro

João Ubaldo Ribeiro nasceu em 23 de janeiro de 1941. Passou parte da infância em sua terra natal, Itaparica, uma ilha no Recôncavo Baiano que se tornaria cenário frequente de seus romances. Mais tarde, mudou-se para Salvador e depois para Aracaju. Formou-se em Direito pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), embora nunca tenha exercido a profissão. Desde cedo, dedicou-se ao jornalismo e à literatura, destacando-se como cronista em diversos jornais e revistas.

Obra Literária

João Ubaldo Ribeiro deixou uma vasta e rica produção literária que abrange romances, contos, crônicas e ensaios. Seus livros são conhecidos pelo tom crítico e bem-humorado, além de uma prosa exuberante e inventiva. Entre suas obras mais c

  • "Sargento Getúlio" (1971) :
  • "Viva o Povo Brasileiro" (1984) 
  • "O Sorriso do Lagarto" (1989) 
  • "A Casa dos Budas Ditosos" (1999)
Venda no site Amazon clique na foto: João Ubaldo Ribeiro tinha 30 anos quando lançou Sargento Getúlio, em 1971. Era admirado pela crítica mas ainda pouco conhecido pelo público. Foi com este romance, ganhador do Prêmio Jabuti de 1972 na categoria "Revelação de Autor", que o escritor conquistou prestígio internacional e começou a ser reconhecido como um dos maiores autores de literatura em língua portuguesa, hoje traduzido em 12 países. Ambientado no Nordeste dos anos 50, Sargento Getúlio narra a história de Getúlio Santos Bezerra, homem de confiança de um poderoso coronel de Sergipe, que precisa levar um preso político de Paulo Afonso até Aracaju. No meio do trajeto, uma reviravolta política faz com que as ordens se alterem: Getúlio não deve mais prosseguir com a missão. Desconfiado, determinado a cumprir à risca o serviço que lhe fora dado, o sargento parte em uma jornada que não terá outro destino a não ser o da violência e da morte. Sargento Getúlio, um dos romances mais importantes da literatura brasileira no século XX, é inspirado em fatos reais que Manoel Ribeiro, chefe da Polícia Militar de Sergipe, contava ao filho João Ubaldo na infância. Quando o escritor era criança, um certo sargento Cavalcanti, baleado num atentado em Paulo Afonso, foi socorrido por seu pai e levado com vida até Aracaju. É este então o ponto de partida da obra que ganhou adaptação para o cinema em 1983, com direção de Hermano Penna e com Lima Duarte no papel principal.

Venda no site Amazon clique na foto: Obra que confirmou definitivamente o lugar de João Ubaldo Ribeiro entre os maiores escritores de língua portuguesa, Viva o povo brasileiro foi lançado treze anos depois de Sargento Getúlio. Consagrado pela crítica e pelos leitores e considerado um dos mais importantes romances da literatura nacional, o livro se volta às origens do Recôncavo Baiano para recriar quase quatro séculos da história do país por meio da saga de múltiplos personagens. Viva o povo brasileiro se desenvolve em grande parte no século XIX, mas também viaja a 1647 e avança até 1977. Nele, realidade e ficção se misturam para criar um épico brasileiro com passagens heróicas e cômicas, tendo como pano de fundo momentos decisivos para a história do país, como a Revolta de Canudos e a Guerra do Paraguai. Como aponta em seu texto "Brava gente brasileira" o professor de literatura João Luís C. T. Ceccantini, Viva o povo brasileiro é uma espécie de ‘epopéia às avessas', em que a história do Brasil ressurge não sob a perspectiva da ‘História oficial', mas pela ótica de personagens anônimos do povo brasileiro. Na trama, o escritor segue as trilhas de um romance popular, sem cair no "popularesco" ou no "populismo". E a saída que encontra para produzir um texto acessível mas ao mesmo tempo de alto nível literário é a da paródia e do humor." Traduzido para o alemão, espanhol, francês e italiano, e vertido para o inglês pelo próprio autor em dois anos de incomum e árduo trabalho, Viva o povo brasileiro ganhou em 1984 o prêmio Jabuti e o Golfinho de Ouro, do Governo do Rio de Janeiro.

Venda no site amazon clique na foto: Sucesso de vendas e de crítica, foi adaptado para minissérie da TV Globo nos anos 1990. É um dos romances de maior repercussão de João Ubaldo. No livro, ele aborda temas como a ambição humana, o amor e as ameaças do mundo moderno, numa história cheia de traições e mistérios, que não perdeu nada de sua atualidade desde seu lançamento, em 1989.

Venda do livro site da Amazon clique na foto: Nova edição do clássico de João Ubaldo Ribeiro que marcou época. A casa dos budas ditosos, lançado originalmente em 1999, foi o quarto volume de uma série chamada Plenos Pecados, em que cada título era dedicado a um pecado capital. Poderoso e original, o romance de Ubaldo sobre a luxúria conquistou um número imenso de leitores e, de quebra, cutucou os moralistas de plantão. Em 2004, seguindo o que se tornou uma tradição de seus romances, A casa dos budas ditosos foi adaptado para o teatro por Domingos Oliveira, num monólogo estrelado por Fernanda Torres, que assina a apresentação desta edição. O espetáculo permaneceu por mais de uma década em cartaz, levando as memórias de orgias, voyeurismo e sadismo dessa impagável libertina para mais de 700 mil pessoas em todo o Brasil. A casa dos budas ditosos é um clássico da literatura erótica. Como afirma o próprio autor, “esse depoimento não é um romance, mas é olhar pelo buraco da fechadura”. E não há nada mais irresistível. “A literatura brasileira ainda não tinha produzido um romance na linhagem do erotismo elegante e radical e coube a João Ubaldo fazêlo. Não é um livro para leitores sem malícia, moralistas ou pudicos.” ― José Castello, O Estado de S. Paulo “CLB é uma baita invenção desse baiano chamado Ubaldo, um dos maiores contadores de causo que já conheci. O apego ao detalhe, a capacidade de nos fazer ver, cheirar, sentir, tudo fascina. Escritor rigoroso, o baiano é clássico, chulo, requintado, cerebral, passional, trágico, cômico e universal.” ― Fernanda Torres, no prefácio para esta edição “A casa dos budas ditosos é ideal para quem quer entrar na literatura de João Ubaldo Ribeiro de forma divertida, pela luxúria, por meio de provocação, com linguagem indecorosa no melhor sentido.” – Nélida Piñon

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